Em resposta ao convite federal do Centro de Operação de Emergências em Saúde (COE), a EDS está enviando equipes médicas e seu Complexo Hospitalar Móvel para a Comunidade Surucucu.
Campinas, 15 de fevereiro de 2023 – Ao longo de todo o ano passado, a ONG Expedicionários da Saúde (EDS) esteve presente quatro vezes na Terra Indígena Yanomami, região mais oeste de Roraima, sempre em missões emergenciais levando médicos e enfermeiros. Agora, em apoio ao Plano de Resposta a Emergências, organizado pelo governo federal, a EDS se mobiliza mais uma vez para uma ação de grande impacto humanitário junto aos mesmos yanomamis. Em razão da assombrosa invasão de garimpeiros e dos efeitos da pandemia de Covid-19, a população yanomami está vivendo a sua mais grave crise sanitária. Diante do aumento dos casos de doenças parasitárias e endêmicas, como malária e síndromes respiratórias, e a contaminação do ambiente por mercúrio, que resultou em falta de alimentos e maior desnutrição – especialmente entre as crianças –, cerca de 30 mil indígenas que vivem na região demandam urgente ação médica e social.




Missão S.O.S. Yanomami
A pedido do Centro de Operação de Emergências em Saúde (COE), a Expedicionários da Saúde vai instalar um hospital de campanha para a comunidade Surucucu. Essa região geograficamente isolada e de difícil acesso na Amazônia brasileira poderá contar com a estrutura do Complexo Hospitalar Móvel desenvolvido pela EDS, um equipamento tecnologicamente inovador e capaz de realizar atendimentos médicos complexos em plena floresta.
“Estivemos no Surucucu com uma equipe multidisciplinar para realizar a análise da área e projetar o hospital móvel, que é o que fazemos há 20 anos. O próximo passo é iniciar as obras de adequação e viabilizar o envio de toda estrutura até lá. É uma logística muito complexa e de alto custo e precisamos realizar uma campanha de doações para financiar a operação. A situação que vi agora já é muito grave, com expectativa de piora e precisamos fazer chegar nosso hospital lá o mais rápido possível.”, conta o presidente da EDS, Dr. Ricardo Affonso Ferreira. A expectativa é de que o Hospital de Campanha EDS seja um centro de referência para as populações que vivem na região da comunidade Surucucu.
Totalmente adaptável às necessidades que possam surgir, o complexo contará inicialmente com sala de triagem, urgência, apoio hospitalar, consultórios e laboratório de análise. O objetivo é oferecer pronto atendimento, assegurando condições para que os pacientes recebam tratamento adequado e diminuir a necessidade de remoção para a capital do Estado, Boa Vista. Para que seja possível a instalação do Hospital de Campanha EDS e a permanência das
equipes de saúde ali, a EDS vai executar obras de infraestrutura local com a instalação de banheiros, fossas, poços de captação de água, cozinhas, entre outras melhorias. A ONG se prepara para receber doações de pessoas e empresas socialmente responsáveis para custear suas ações de cuidado com os verdadeiros guardiões da floresta, os povos indígenas, uma vez que tem por premissa não receber qualquer tipo de repasse financeiro do Estado. Assim,
aqueles que desejarem contribuir com a Missão S.O.S. Yanomami podem entrar no site ou na plataforma oficial de arrecadação de doações e apoiar a ação humanitária. Saiba mais em:
www.eds.org.br/doacoes
ou acesse o
https://doa.re/rg3a
ou ainda use o PIX no: pix@eds.org.br
EDS – Associação Expedicionários da Saúde
A Associação Expedicionários da Saúde – EDS é uma organização brasileira sem fins lucrativos criada em 2003 por um grupo de médicos voluntários, que tem o objetivo de levar medicina especializada, principalmente cirúrgica, às populações indígenas que vivem geograficamente isoladas na Amazônia brasileira. É um serviço complementar aos programas de atendimento à saúde pública e busca evitar a necessidade de deslocamento, nem sempre viável,
dos doentes e sua família até centros urbanos, quase sempre estranhos para as populações originárias.
Para que o atendimento fosse possível, a Expedicionários da Saúde desenvolveu um Centro Cirúrgico Móvel, adaptado às suas necessidades, transportado e montado especialmente para essas ações. É uma forma de trabalho inovadora, pela primeira vez utilizada no Brasil por uma organização civil.
Até dezembro de 2022, a EDS realizou 50 expedições e realizou mais de 9 mil cirurgias, 70 mil atendimentos especializados e 126 mil exames e procedimentos, além da doação de 6 mil óculos. Em 2021, inaugurou seu primeiro Centro Médico Fixo localizado no Alto Rio Negro – próximo à fronteira com a Colômbia, onde realiza, além de expedições, atendimentos por telemedicina.
A EDS também fez sete Expedições SOS Haiti, no ano de 2010, após o terremoto que devastou o país. Durante a pandemia de Covid-19, instalou 262 Enfermarias de Campanha em diferentes comunidades indígenas da Amazônia, além de um Hospital de Campanha na cidade de Campinas (SP), com 122 leitos de cuidados semi-intensivos, cedido sem custo para uso do município. Em 2022, esteve à frente de quatro missões emergenciais em território indígena
Yanomami.
A ONG recebeu no último mês um dos maiores reconhecimentos de sua história, em que concorreu com mais de quatro mil candidatos de 152 países: o Zayed Sustainability Prize, dos Emirados Árabes Unidos, um evento de valorização em inovação, sustentabilidade e alta tecnologia. Também recebeu o Prêmio Melhores do Ano, da Rede Globo em 2022 e o Prêmio Folha/Fundação Schwab, em 2021.
CONTATO PARA IMPRENSA
Marcelo Moraes
Coordenador de Marketing e Comunicação / Chief Marketing Officer
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